De acordo com o ministro da Economia, a interrupção de pagamentos de salários de servidores federais será a primeira coisa a acontecer caso a reforma da Previdência não seja aprovada; declaração vem em meio a crise entre governo e Congresso e diante da possibilidade da proposta não ter votos suficientes no parlamento
“Servidores públicos deveriam entender, e até a maioria entende, que [a reforma] é uma forma de garantir suas aposentadorias e seus salários”, disse, logo após afirmar que a interrupção do pagamento de salários de servidores será a “primeira coisa a acontecer” caso a reforma não seja concretizada.
A declaração de Guedes vem em meio a uma intensa crise entre o governo Bolsonaro e o Congresso Nacional. Criticado pela falta de articulação política, o presidente vem perdendo confiança entre deputados e senadores e trocas de farpas entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e pessoas próximas a Bolsonaro, como seu filho Carlos Bolsonaro, têm intensificado a situação conflituosa. O entendimento é que, hoje, a base do governo não tem votos suficientes para aprovar a reforma da Previdência.
No mesmo evento em Brasília, Guedes ainda disse que caso a proposta não seja aprovada, prefeitos e governadores serão “apedrejados”. “O déficit da Previdência está engolindo as finanças públicas dos governos”, pontuou.
Na terça-feira (26), a partir das 14h, é aguardada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara a presença do ministro. Será a primeira audiência pública na Casa para o governo explicar pontos da reforma e uma tentativa de Guedes para diminuir entrevo com parlamentares.
Fonte: Revista Fórum
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